terça-feira, 10 de novembro de 2009

Congresso e-design



Realizou-se em Lisboa na Culturgest, nos passados dias 6 e 7 de Novembro de 2009, o congresso e-design - Visões para o Ensino na Europa nos Novos Contextos Ambientais e Económicos.


Segundo os objectivos do Centro Português de Design, pretendia-se reunir uma task force para pensar o ensino do design, promover a reflexão sobre o ensino do design em Portugal e na Europa, contribuir para uma visão de futuro no ensino do design, estabelecer uma rede de contactos e experiências, definir estratégias de acção concertadas e aumentar a visibilidade e notoriedade das actividades em e-design.

Foram várias as unidades de ensino, de investigação, directores e coordenadores de cursos de design, professores e estudantes presentes neste congresso.
O encontro contou ainda com o apoio da BEDA - The Bureau of European Design Associations e as participações de Fernando Teixeira dos Santos (Ministro da Economia e Inovação), Henrique Cayatte (Presidente do CPD), Finn Petrén (EIDD - Design for all Europe), Carlos Hinrichsen (ICSID - International Council of Societies of Industrial Design), Norman McNally e António Câmara (CEO da YDreams).




Inserido no tema “Design para um Mundo Melhor”, desenvolvemos um paper e efectuamos a sua apresentação/comunicação no congresso no dia 07, Sábado pelas 11:40h.

Os novos desafios da identidade visual e imagem institucional das universidades | António Lacerda

Palavras chave
Identidade Visual e Imagem Institucional, Marcas Gráficas, Instituições, Universidades.

Resumo do paper

A evolução e expansão das instituições de ensino superior público e privado depois da revolução de 1974, tem sido um dos fenómenos mais marcantes da evolução do sistema social nos últimos anos em Portugal. Contudo o aumento da crise institucional por via da crise financeira acentuada nos últimos anos é um fenómeno que decorre da perda geral de prioridade das politicas sociais (educação, saúde, etc.), induzida pelos modelos económicos conhecidos como globalização neoliberal , impostos internacionalmente a partir da década de 1980. A partir do momento em que o estado decidiu reduzir o seu compromisso politico com estas instituições e a educação em geral, as universidades entraram automaticamente em crise institucional. Os sistemas universitários perderam a prioridade de utilidade pública e são agora classificados como produtos e os seus alunos como consumidores ou clientes.

Perante todos estes factores e ainda pela internacionalização do ensino superior através da livre circulação de alunos, docentes e investigadores através da unificação do ensino superior na Europa (Tratado de Bolonha), faz com que o actual paradigma e futuro destas instituições seja substituído por um paradigma “empresarial” a que devem estar sujeitas tanto as universidades públicas como as privadas. Os seus “activos intangíveis”, as suas características integradoras de identidade e a capacidade de determinar e promover uma imagem positiva nos públicos internos e externos, são fundamentais na sua organização, desenvolvimento, competitividade e inovação. Todos estes desenvolvimentos tornam mais visíveis a importância da identidade visual e da imagem na gestão destas instituições dado que contribuem para um maior reconhecimento e clarificação das mensagens produzidas para os públicos internos, externos e a sociedade em geral.

O aumento do fenómeno de concorrência entre estas instituições, a globalização, a unificação da educação no espaço europeu e as responsabilidades públicas e sociais devem fazer integrar esforços no sentido de orientar estes processos de reforma. Através desta comunicação efectuaremos uma análise das principais transformações das universidades públicas após o neoliberalismo e a globalização, procurando compreender a importância e evolução da identidade visual e da imagem destas instituições.

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